"A nova ministra (do Ambiente, Teresa Gouveia) – que se destacara anos antes como secretária de Estado da Cultura – nunca conseguiu encontrar o rumo nos 16 meses á frente do Ministério. E somente o seu trato fácil e simpático a poupou de críticas mais acérrimas. Durante este período, não só as associações ambientalistas estiveram com maior actividade e dinamismo, como também o então presidente da República, Mário Soares, provocou os seus estragos. Em duas Presidências Abertas – uma em 1993 sobre urbanismo, e outra em 1994 dedicada ao ambiente – o país viu-se ao espelho. E a imagem era feia. Um país inundado de lixeiras urbanas e industriais, com rios putrefactos, as indústrias com licenças para poluir – por via de uns benevolentes contratos de adaptação ambiental – enxameado de bairros de lata, com filas de trânsito intermináveis. Enfim, um desastre. Os últimos tempos do cavaquismo foram, como em outros sectores, penosos para o ambiente, mas ainda houve tempo para umas aprovações escandalosas, como a de três empreendimentos turisticos no Algarve ao arrepio das normas ecológicas." in Grande Reportagem, 5 de Junho 2004
AH, bons velhos tempos os dos Anos Dourados!
segunda-feira, janeiro 23, 2006
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